Por Maria José Bento – Aluna da Turma de Teatro
Em Tarde Cheia - Revista da Unisseixal
O teatro é uma forma de arte, em que um conjunto de atores interpretam uma história em público e em determinado lugar, com o objetivo de despertar nos espectadores vários sentimentos. Pretende-se que estes tenham um olhar atento, compreensão e contemplação, para que possam ter experiências intensas e sejam capazes de se envolverem, meditarem e inquirirem!
Mas nem sempre o que é representado no palco é interpretado da mesma maneira pela plateia. Assim, o encenador deverá ter presente a tríade teatral: Quem vê; o que se vê e o imaginado…Para que possa recrear, devidamente, o espaço e o tempo onde o drama acontece e conseguir com que os atores (apesar de amadores) encarnem as personagens o mais fidedignamente possível e desenvolva os seus três instrumentos: corpo, voz e emoção/expressão, a fim de transportar o publico àquele momento!
Sendo o teatro uma arte coletiva, onde se tem de trabalhar com pessoas diferentes, deve-se promover o autoconhecimento, a autoconfiança, a capacidade de relacionamento e, perceber, que fazer teatro é um exercício de escuta do outro e ter em conta que o grupo depende de cada um para o espetáculo acontecer e ter êxito!
Talvez a palavra que melhor define teatro seja magia, magia no palco das fantasias e onde tudo ganha uma nova vida. Pois mais do que aprender é imaginar. Imaginar que podemos, que conseguimos e que nada nos impedirá de levar o público a passar connosco um fantástico serão!
No dia 20 de Junho, pelas 21h, no Fórum Cultural do Seixal, a turma de teatro da Unisseixal apresentou a peça “O Gato”, de Henrique Santana e encenada por António Lima Ferreira.
Esta comédia em dois atos, tem como acção principal o casamento de Teresa com Carlos que partiu para África, deixando a sua noiva em Portugal, que por sua vez foi prometida a Romualdo, caso Carlos não voltasse.
A tia de Carlos que queria tanto que ele regressasse, acabou por transformar o gato “Pirilau” em homem para que este passasse por Carlos, a fim de evitar o casamento de Teresa com Romualdo.
Após algumas aventuras insólitas, provocadas por uma história sobre os chineses, Carlos regressa de África, numa boa situação financeira, devido ao “Querer que tudo consegue”…